No Gama-DF, irregularidade e protesto

Dezenas de moradores do bairro Ponte Alta Norte, no Gama, em Brasília, levaram adiante um protesto nas ruas contra uma operação da Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal, em 1.º de agosto. A operação havia sido iniciada pela Secretaria para impedir parcelamentos irregulares do solo na região. De acordo com os funcionários, já ocorrem obras, em estágio inicial, em lotes irregulares, mas ainda sem pessoas morando no lugar. O jornal “Correio Braziliense” cobriu os protestos.
O Gama é uma das cidades-satélites que surgiram na segunda metade da década de 1950, quando o presidente da República, Juscelino Kubitschek acelerou a construção da nova Capital do Brasil, no Planalto Central. Os trabalhadores das obras do Plano Piloto (Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios, Eixo Monumental, Asa Norte e Asa Sul), ficavam alojados no Gama e em outros núcleos encravados no Distrito Federal, como Bandeirantes e Taguatinga.
A operação da Secretaria Estadual no Gama foi retardada pela manifestação dos moradores do bairro, que bloquearam a Avenida Buritis com pneus queimados. Eles seguravam faixas com a frase “Ponte Alta não é invasão” , exigindo que e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, cumpra a promessa de não derrubar obras na Ponte Alta. “Derrubada, não! Direito à habitação. Vai ter resistência”, gritavam os manifestantes.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada para garantir a realização da operação. Até as 14 horas, os agentes de fiscalização da DF Legal aguardavam a liberação da via para iniciar a descaracterização do local, que está sem barracos, apenas com demarcação das casas. A via foi desocupada em seguida pelo Batalhão de Policiamento de Choque da Polícia Militar do DF (BPChoque), que permaneceu dando apoio ao poder público naquela área.
Por volta das 12h46, o Batalhão de Choque atuou para desobstrução da via para que a DF Legal pudesse realizar operação de combate ao parcelamento irregular do solo. “Por se tratar de irregularidade ainda em fase inicial, a ação busca desconstituir arruamentos, muros, cercas, obras recém começadas e ligações clandestinas de luz”, explicou a corporação aos jornalistas.

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